Ao receber hoje em Damasco o ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, o ditador Bachar Assad negou-se a dialogar com a oposição, que chamou de terrorista, mas prometeu apoiar qualquer "esforço sincero" da sociedade internacional para acabar com o conflito na Síria, onde cerca de 8,5 mil pessoas foram mortas desde 15 de março de 2011.
É muita cara de pau, mas o que esperar de um ditador que declarou à jornalista Barbara Walters, da rede de televisão americana ABC, que "só um louco atirararia no seu próprio povo"? Está fazendo exatamente isso há um ano.
Médico, Bachar atestou sua própria loucura.
A situação síria é crítica e até agora as grandes potências não chegaram a um acordo. Todas as resoluções do Conselho de Segurança da ONU foram vetadas pela China e a Rússia, descontentes com a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Os Estados Unidos, a Europa e a Liga Árabe exigem a queda de Assad, que naturalmente não considera isso um "esforço sério", mas uma conspiração internacional em que participariam das potências ocidentais à rede terrorista Al Caeda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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