Mais três tibetanos tocaram fogo em suas próprias roupas na sexta-feira na província de Sichuã, em protesto contra as políticas de assimilação cultural impostas pelo regime comunista da China. Um morreu e os outros dois saíram feridos, denunciaram a organização não governamental Tibete Livre e a Rádio Ásia Livre, dos Estados Unidos.
"Eles pediam liberdade no Tibete e o retorno do Dalai Lama", noticiou a rádio.
O regime comunista chinês considera o Tibete uma parte da China. A região foi integrada ao Império Chinês no século 12, quando foi conquistada pelos mongóis.
Com a desintegração do Império Chinês no início do século 20, o Tibete passou a ser independente a partir de 1912. Quando os comunistas tomaram o poder, em 1º de outubro de 1949, o líder revolucionário Mao Tsé-tung mandou ocupar o Tibete. Isso só foi possível em 1951 porque o Exército Popular de Libertação levou dez meses para chegar lá.
Em 1959, depois de uma revolta contra a ocupação chinesa, o 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, refugiou-se no Norte da Índia, onde lidera um movimento em defesa da autonomia cultural do Tibete.
Na atual divisão administrativa da China, a província de Sichuã não faz parte da região supostamente autônoma do Tibete. É parte do chamado Grande Tibete, uma área de 1,1 milhão de quilômetros quadrados que a China teme que seja reivindicada como parte de um país independente.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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