A duas semanas da eleição presidencial na Argentina, a reeleição da presidente Cristina Fernández de Kirchner é praticamente certa.
Em pesquisa do instituto Management & Fit, ela tem o apoio de 53,2%. Está mais de 40 pontos percentuais à frente do segundo colocado, o governador socialista da província de Santa Fé, Hermes Binner, com 12,4%.
Cristina Kirchner também deve ter mais da metade dos votos pela previsão feita pelo instituto Poliarquía para o jornal conservador La Nación. A presidente argentina foi apontada como favorita por 49,3%. Com a definição dos que ainda estão indecisos, deve chegar a 52% a 55%. Binner é o segundo, com 13,6%.
Nas duas pesquisas, o deputado radical Ricardo Alfonsín, filho do ex-presidente Raúl Alfonsín (1983-89), é o terceiro, com 7,8% e 9,5%.
Pela lei eleitoral argentina, ganha no primeiro turno quem obtiver mais de 45% dos votos ou 40% e uma vantagem de pelo menos dez pontos percentuais sobre o segundo colocado.
A presidente enfrentou uma série de problemas durante seu governo: um longo conflito no campo com os ruralistas por causa dos impostos sobre exportação de grãos; uma ruptura com o vice-presidente Julio Cobos, que votou a favor dos fazendeiros; denúncias de manipulação dos índices de inflação pelo Instituto Nacional de Estatísticas; a queda de um presidente do Banco Central que se negou a usar as reservas do país para tapar buracos nas contas públicas; e um conflito permanente com os maiores jornais do país, Clarín e La Nación.
O crescimento econômico garante a reeleição, também ajudada pela morte no ano passado do marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, que provavelmente seria o candidato do oficialismo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário