O presidente linha-dura da Colômbia, Álvaro Uribe, aceitou desmilitarizar duas cidades para ter um encontro com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que lutam para impor um regime marxista no país há mais de 40 anos. Uribe negociaria uma troca de prisioneiros, 500 guerrilheiros por 58 reféns, na maioria políticos e militares, dois americanos e a candidata à Presidência Ingrid Betancourt, seqüestrada desde 23 de fevereiro de 2002.
Durante 45 dias, as cidades de Florida e Pradera, no vale do Rio Cauca, serão declaradas "zona de encontro".
"Existe uma vontade política de retirar as tropas e se sentar para negociar", declarou à Rádio Caracol o ex-ministro Álvaro Levya, encarregado pelo presidente para entrar com contato com o principal grupo guerrilheiro colombiano, com cerca de 17 mil rebeldes que se aproveitam do tráfico de cocaína para ter dinheiro para a guerra civil.
Ao negociar, Uribe altera sua política em relação ao primeiro mandato (2002-2006), que era de "segurança democrática", negando legitimidade aos grupos guerrilheiros diante de sua autoridade de presidente eleito.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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