O Japão respira aliviado: o trono do Crisântemo, já tem um herdeiro.
A princesa Kiko, mulher do príncipe Akishino, filho mais moço do imperador Akihito, teve ontem o primeiro filho homem a nascer na família imperial do Japão desde seu marido, em 1965. Como pela tradição japonesa só os homens podem ascender ao trono, a falta de um herdeiro homem provocaria uma crise sucessória num país que clama ter uma monarquia hereditária de mais de 2 mil anos.
O bebê será o terceiro na linha sucessória, depois do príncipe Naruíto e de seu pai.
Apesar do conservadorismo da sociedade japonesa, com a modernização do país, é cada vez maior o número de vozes femininas que se erguem para reivindicar que as mulheres possam herdar o trono, como por exemplo na Inglaterra, que teve rainhas poderosas.
O Japão teve oito imperadoras no século 18, quando o país era governador pelo xogunato Tokugawa (103-1868), sob a liderança de um senhor da guerra (xogun). Mas os tradicionalistas afirmam que elas só ocuparam o trono interinamente, durante períodos de transição.
Com a derrota na Segunda Guerra Mundial, na Constituição imposta pelos Estados Unidos, o imperador renunciou ao caráter de divindade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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