A corrupção na polícia e na política cria um clima de ilegalidade em que floresce o crime organizado, acusa a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional, ao divulgar um vídeo dirigido aos candidatos a presidente e a governador pedindo atenção para os medos e sofrimentos da população carente como forma de diminuir a violência no Brasil.
O vídeo mostra as duras condições de vida nas favelas e operações policiais violentas nas favelas. A secretária-geral da AI, Irene Khan, pede urgência no combate à crise da segurança pública com respeito aos direitos humanos, com a imposição de um código de ética às forças policiais e medidas mais duras para combater o tráfico de armas.
"Este é um grito de alerta para os candidatos a presidente e a governador no Brasil", declara Irene Khan. "A postura discriminatória de sucessivos governos em relação às comunidades mais vulneráveis tem levado historicamente à criminalização da pobreza e atualmente põe em risco centenas de milhares de vida. É hora de perguntar como as coisas foram tão mal por tanto tempo."
Na sua opinião, "a pobreza, a violência e a proliferação de armas leves - realidades diárias para milhões de brasileiros, estão criando ambientes onde florescem abusos aos direitos humanos".
A dirigente da Anistia entende que "a violência e a exclusão social são as duas faces da mesma moeda. A política para conter a violência nas favelas não apenas provoca abusos dos direitos humanos, mas claramente não está funcionando. A segurança genuína não pode ser obtida defendendo os direitos de uns às custas dos direitos dos outros."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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