O total de gastos militares este ano no mundo deve chegar a US$ 1,07 trilhão, mais do que durante a Guerra Fria, superando em 15 vezes o total da ajuda internacional a países pobres, informa a organização não-governamental Intermón-Oxfam. De 2000 a 2004, os lucros da indústria armamentista aumentaram 70%.
A cada minuto, morre uma pessoa atingida por arma de fogo no mundo. Na maioria dos casos, "as armas estão nas mãos de forças irregulares".
Ao mesmo tempo em que estas armas alimentam conflitos ao redor do planeta, são a principal causa da fome: 35% das emergências alimentares ocorridas nos últimos anos foram provocadas por guerras.
A diretora geral da Intermón-Oxfam, Arian Arpa, responsabilizou os governos das potências ocidentais "que permitem que os fabricantes de armas aumentem constantemente suas vendas". Ela apelou para que as Nações Unidas negociem um acordo internacional para controlar o tráfico de armas: "O problema é que estas armas estão nas mãos de quem não deveriam; deveriam estar sob o controle de forças regulares de Estados democráticos".
Há poucos anos, os Estados Unidos vetaram um tratado para controlar o tráfico de armas leves alegando que poderia ser usado para negar o direito de portar armas previsto na Constituição americana.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário