quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Bulgária e Romênia entram na UE em 2007

A União Européia deu sinal verde ontem ao ingresso da Bulgária e da Romênia, a partir de 1º de janeiro de 2007, mas com as condições mais duras já impostas até hoje e um sinal de que o processo de expansão deve parar por aí por algum tempo.

O presidente da Comissão Européia, o ex-primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso, disse que primeiro deve ser resolvido o problema da Constituição da Europa, rejeitada no ano passado pela França e pela Holanda. Sem uma Constituição, uma Europa de 27 países corre o risco de paralisia adminstrativa.

Diante do temor de uma invasão de trabalhadores da Europa Oriental aceitando salários baixos, aumentou a reação negativa contra a ampliação da UE nos países mais ricos da Europa Ocidental. Só no Reino Unido, há hoje 1 milhão de poloneses. Isto levou o governo britânico a anunciar que os romenos e búlgaros serão submetidos a um "período de transição", ou seja, não poderão emigrar para a Grã-Bretanha assim que se tornarem cidadãos europeus. Na prática, serão cidadãos europeus de segunda classe.

Os dois futuros membros foram duramente criticados por não combater a corrupção, a pirataria e o crime organizado, e por não se prepararem para entrar no sistema de pagamentos da UE, inclusive para receber subsídios e fundos de ajuda estrutural. A Romênia também terá de melhor o tratamento da minoria cigana.

"É um dia histórico para a Romênia", festejou o ministro do Exterior, Miahai Razvan Ungu-reanu. "Mas o objetivo não é só entrar, é se tornar um país como a França ou a Inglaterra".

Já para o primeiro-ministro búlgaro, Sergei Stanishev, "esta foi a genuína e definitiva queda do Muro de Berlim para a Bulgária".

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