A segunda maior economia do mundo produziu dois números positivos nesta sexta-feira. A produção industrial japonesa cresceu 1,9% em agosto em relação a julho, e o núcleo da inflação aumentou 0,3% em agosto, indicando que o Japão superou a deflação que estagnou a economia do país durante mais de uma década. Mas uma queda de 4,4% no consumo das famílias assalariadas provoca alguma preocupação. O índice de desemprego ficou estável em 4,1%.
Pela previsão do Ministério da Economia, a produção deve cair 0,1% em setembro mas subir 1,8% em outubro.
O governo do novo primeiro-ministro, Shinzo Abe, ainda reluta em declarar a vitória sobre a deflação: "Como houve um longo período de deflação, precisamos tomar com cuidado a decisão sobre sua superação", comentou o secretário de Governo (espécie de Chefe da Casa Civil), Yasuhisa Shiozaki. "Precisamos ter a certeza de que a inflação não voltará".
A taxa de desemprego, que era de menos de 3% durante a euforia do SuperJapão dos anos 80, cai consistentemente desde 2003. Em maio, chegou a 4%, nível mais baixo em oito anos, subindo para 4,2% em junho e baixando para 4,1% em agosto.
Nos últimos 12 meses, o número de desempregados caiu em 120 mil, ficando em 2,7 milhões, enquanto o total de empregados subiu 220 mil, chegando a 64,27 milhões, depois de 16 meses consecutivos de alta.
A recuperação da economia japonesa foi um resultado das reformas realizadas nos últimos cinco anos pelo agora ex-primeiro-ministro Junichiro Koizumi, que deixou o poder na última terça-feira, e também do extraordinário crescimento da China, que se tornou o maior parceiro comercial do Japão, superando os EUA.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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