Pela segunda reunião consecutiva depois de 17 altas, o Comitê do Mercado Aberto do Federal Reserve Board (Fed), o banco central dos Estados Unidos, decidiu hoje manter inalterada, em 5,25%, a taxa básica de juros da maior economia do mundo. Para justificar sua decisão, o Fed apontou para a desaceleração da economia americana, especialmente no setor imobiliário. Mas advertiu que o risco inflacionário continua.
"A moderação do crescimento econômico parece continuar, refletindo em parte o esfriamento do mercado imobiliário", diz a nota do Fed. "As pressões inflacionárias parecem se moderar com o tempo, refletindo o a redução do ímpeto dos preços de energia, a contenção das expectativas inflacionárias e os efeitos cumulativos das ações de política monetária e outros fatores que restringiram a demanda agregada".
O Fed acrescenta que persistem alguns riscos inflacionários. Isto levou o presidente da representação do banco central americano em Richmond, Jeffrey Lacker, a votar a favor de uma alta de 0,25 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica de juros, aquela que o banco central cobra dos grandes bancos a que empresta dinheiro, para 5,5% ao ano.
A Bolsa de Nova Iorque, embalada pela decisão do Fed, a queda do petróleo e os bons resultados anunciados pela empresa de informática Oracle e o banco de investimentos Morgan Stanley, fechou com o índice Dow Jones em alta de 72,28 pontos (0,63%), fechando em 11.613,19, perto de seu recorde. O índice S&P 500, mais amplo, subiu 0,5%, fechando em 1.327, nível mais alto desde fevereiro de 2001.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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