PARIS - Diante da chegada hoje de 900 soldados franceses para reforçar a força de paz das Nações Unidas, o subcomandante da rede terrorista Al Caeda adverte que a França passa a ser alvo dos muçulmanos fundamentalistas.
Zawahiri anunciou que o Grupo Salafista pela Pregação e Combate aliou-se a Al Caeda e terá como objetivo principal atacar a França. Este grupo nasceu na Argélia mas já operou em outros paises norte-africanos.
Além da questão libanesa, o vice de Ben Laden acusou a França por ter proibido o uso do véu muçulmano pelas meninas em escolas públicas da França.
Um dos grandes problemas da França é o inimigo interno. Este país tem a maior população islâmica da Europa. São mais de 5 milhões de muçulmanos, na sua imensa maioria imigrantes ou filhos de imigrantes que se sentem discriminados na sociedade francesa.
No final do ano passado, houve uma revolta de jovens da periferia depois que a polícia matou dois garotos que fugiam de uma perseguição policial. O desemprego entre jovens na França supera os 20%. No caso dos imigrantes ou descendentes de imigrantes, chega a 40%. É uma grande massa de manobra facilmente manipulável por radicais.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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