Os preços do barril de petróleo bruto caíram abaixo de US$ 60 pela primeira vez em seis meses nesta segunda-feira. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) já estuda a possibilidade de reduzir sua produção para sustentar os preços, que no mês passado chegaram a um recorde de US$ 78,40. O tema está na pauta da próxima reunião ministerial da Opep, marcada para dezembro na Nigéria.
Durante o dia, o petróleo Brent, do Mar do Norte, padrão do mercado europeu, foi vendido a US$ 59,91 o barril na Bolsa Mercantil de Londres. Nos Estados Unidos, o petróleo do Texas caiu a US$ 59,62, subindo depois para US$ 61,45.
Para os analistas, não há mais tanto risco de uma operação militar dos EUA contra o programa nuclear iraniano. Com menor risco geopolítico, a economia americana em desaceleração e a China querendo esfriar a sua, diminui a pressão da demanda.
Além do mais, os preços elevados provocavam especulação no mercado de petróleo. Com a expectativa de queda nos preços, os hedge funds e outros grandes investidores reduziram o peso das commodities nas suas carteiras de investimento.
A demanda continuará aquecida por causa do extraordinário crescimento econômico da China e da Índia. Mas pode ser que os preços dêem uma trégua. De qualquer maneira, o mercado está aberto para fontes alternativas de energia aos combustíveis, como álcool e biodiesel, em que o Brasil tem vantagens competitivas importantes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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