A grande maioria dos iraquianos (71%) quer a retirada total dentro de um ano das forças americanas que invadiram o país em março de 2003, indica uma pesquisa realizada pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Eles acreditam que a presença militar americana está fazendo mais mal do que bem ao país, exacerbando a violência política.
Diante de quatro opções, 37% querem a retirada americana em seis meses, enquanto 34% optaram por uma retirada gradual com prazo de um ano, 23% dão um prazo de dois anos e apenas 9% acham que a retirada só deve ocorrer quando melhorar a segurança no Iraque.
O país vive à beira de uma guerra civil entre sunitas e xiitas. Agora, no mês do Ramadã, sagrado para os muçulmanos, o comando militar americano espera um aumento da violência política.
A imensa maioria acredita que os americanos estão provocando mais conflitos. Por este raciocínio, que despreza a força dos jihadistas estrangeiros, a retirada americana fortaleceria o governo iraquiano.
Aos olhos do cidadão comum, aumenta a legitimidade de ações contra as forças americanas. Há uma percepção generalizada de que os EUA querem instalar bases militares permanentes no Iraque.
A pesquisa foi divulgada no momento em que os serviços secretos dos EUA concluíram que a invasão do Iraque foi um grande estímulo para o terrorismo, mobilizando novas legiões de jovens jihadistas dispostos ao suicídio para atacar cidadãos e interesses americanos e de seus aliados no mundo inteiro.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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