quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Presidente indica membros da Comissão Europeia

O novo presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, Jean-Claude Juncker, apresentou hoje sua nova composição. Apesar das restrições da Alemanha, o ex-ministro das Finanças da França Pierre Moscovici será o comissário de Finanças. A pasta de serviços financeiros ficou com o britânico Jonathan Hill.

Para acalmar os críticos, especialmente o Reino Unido, que tentou vetar sua indicação por considerá-lo federalista, Juncker criou várias vice-presidências. Várias foram entregues a países pequenos como a Bulgária, a Eslovênia, a Finlândia e a Letônia. Sua função será trabalhar em conjunto com os demais comissários, mas os vices terão poder de veto.

Dos 28 comissários, um de cada país-membro, 15 são de partidos de direita e centro-direita, conservadores e democratas-cristãos, 8 são socialistas e 5 liberais.

A França ganhou a pasta que queria, mas Moscovici estará sob a supervisão de vice-presidentes conservadores. O Reino Unido dará o comissário de Serviços Financeiros, importante para o país, que teme o prejuízo de regulamentações oriundas da Zona do Euro para o centro financeiro de Londres.

Juncker justificou ter dado o cargo a Moscovici porque "a França entende as políticas de crescimento que a Europa precisa implementar". Trata-se de um plano de investimentos de 300 bilhões de euros. A França, a Itália e a Espanha responsabilizam o rigor fiscal imposto pela Alemanha pela estagnação da retomada econômica do bloco.

Ao ministro do Exterior da Holanda, Frans Timmermans, caberá atacar a burocracia e aplicar o princípio de subsidiariedade. Isso significa realizar localmente o que puder ser feito localmente, sem intrometer a União em todas as atividades dos países-membros. Há anos, Holanda e Reino Unido protestam contra a burocratização da UE.

A Grécia, que enfrenta o desafio de ondas de refugiados das guerras no Oriente Médio, ficou com a pasta da Imigração. A Alemanha, tão preocupada com a privacidade na Internet, será encarregada da política digital.

Todos os comissários serão submetidos a sabatinas no Parlamento Europeu, que precisa aprovar as nomeações.

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