O presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino da Venezuela, deputado Juan Guaidó, admitiu a possibilidade de uma intervenção militar para derrubar a ditadura de Nicolás Maduro.
O ditador rejeitou a ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos e a mediação da União Europeia, que exige a convocação de nova eleição presidencial em três meses.
O Grupo Internacional de Contato se reuniu na quinta-feira em Montevidéu, com a participação de países da União Europeia e da América Latina. A Bolívia, que apoia Maduro, não assinou o comunicado final, nem o México.
A maioria dos países da América do Sul, inclusive o Brasil, reconheceu Guaidó e não participou do encontro em Montevidéu. Guaidó declarou que o diálogo é apenas uma manobra de Maduro para ganhar tempo.
Na Venezuela, o governo fechou uma passagem na fronteira com a Colômbia para impedir o acesso da ajuda humanitária. Apesar da crise econômica, Maduro afirmou que não precisa, alegou que a ajuda é apenas uma maneira de justificar uma intervenção militar e mandou distribuí-la a "colombianos pobres".
Agora, o Grupo de Contato pretende abrir um escritório em Caracas para facilitar a chegada de ajuda humanitária e "propiciar contatos", nas palavras da ex-ministra do Exterior da Itália Federico Mogherini, comissária de Exterior da UE.
Se não obtiver sucesso, o Grupo de Contato será dissolvido em três meses para não se tornar instrumentos de manobras do regime chavista para ganhar tempo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 9 de fevereiro de 2019
Guaidó não descarta intervenção militar na Venezuela
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