O reino do Marrocos não vai mais participar as operações militares da aliança liderada pela Arábia Saudita na guerra civil do Iêmen, noticiou ontem a agência Associated Press (AP), citando como fonte um alto funcionário marroquino.
A saída do Marrocos não representa uma grande perda de capacidade militar para a aliança saudita, mas revela a dificuldade para manter o apoio diplomático à intervenção iniciada em 25 de março de 2015 em apoio ao governo deposto do Iêmen na luta contra os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã.
O Marrocos participa desde o início da intervenção, mas reduz sua participação gradualmente, em especial desde que a Arábia Saudita decidiu isolar o emirado do Catar dentro do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico, que reúne as grandes monarquias petroleiras da região.
A intervenção militar saudita é considerada desastrosa. Não conseguiu retomar a capital iemenita, Saná, ocupada pelos rebeldes desde setembro de 2014, nem restaurar a legitimidade do presidente Abed Rabbo Mansur Hadi. O bloqueio de meses ao porto de Hodeida provocou uma grande fome nas áreas dominadas pelos rebeldes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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