Num "gesto de paz", o primeiro-ministro Imran Khan anunciou hoje que o Paquistão vai libertar amanhã o piloto indiano Abhinandan Varthaman, de um avião abatido ontem numa batalha aérea na região da Caxemira. A Índia exige uma atitude mais firme contra os grupos terroristas muçulmanos paquistaneses.
Depois de contra-atacar ontem, o primeiro-ministro paquistanês pediu a abertura de diálogo. A Índia bombardeou no dia 26 um acampamento da milícia extremista muçulmana Jaish-e-Mohamed (Exército de Maomé), em retaliação ao atentado terrorista que matou 49 policiais militares indianos na Caxemira indiana em 14 de fevereiro.
Em discurso no Parlamento, em Islamabade, Khan pediu à Índia para "não levar adiante a crise. O que quer que façam nos forçará a retaliar", declarou, lembrando que os dois países têm armas nucleares.
O governo indiano disse estar satisfeito com a libertação do piloto, ressalvando que o Paquistão simplesmente cumpriu as determinações das Convenções de Genebra.
Desde que se tornaram independentes do Império Britânico e se dividiram, os dois países travaram quatro guerras e desenvolveram armas atômicas. A principal causa do conflito é a região da Caxemira. Apesar da maioria muçulmana, o marajá Hari Singh optou por aderir à Índia, gerando este conflito que se arrasta até hoje.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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