segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

EUA impõem sanções a governadores aliados de Maduro na Venezuela

Durante reunião com os países do Grupo de Lima, em Bogotá, na Colômbia, o vice-presidente Mike Pence anunciou hoje novas sanções dos Estados Unidos contra governadores estaduais da Venezuela alinhados à ditadura de Nicolás Maduro, acusando-os de dificultar a entrega de ajuda humanitária, noticiou o jornal americano The Washington Post.

Pence reiterou a ameaça de intervenção militar: "Ao manter a pressão econômica e diplomática sobre o regime de Maduro, esperamos uma transição pacífica para a democracia, mas, como o presidente Donald Trump deixou claro, todas as opções estão na mesa."

Pelo menos quatro civis foram mortos no fim de semana em choques com a Guarda Nacional Bolivariana e milícias ligadas ao regime chavista. Em três semanas de protestos, são ao menos 23 mortes, noticiou a televisão pública britânica BBC. Mais de 160 policiais e militares desertaram e fugiram para a Colômbia ou o Brasil.

Na capital colombiana, Pence se encontrou com o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, e representantes do Grupo de Lima, formado por 13 países latino-americano, inclusive o Brasil, e o Canadá. Só o México não reconheceu Guaidó como presidente legítimo.

As sanções foram impostas pelo Departamento do Tesouro dos EUA. "As tentativas do regime ilegítimo de Maduro de bloquear a ajuda internacional ao povo venezuelano são vergonhosas", declarou em Washington o secretário Steven Mnuchin.

"O Tesouro está atingindo quatro governadores alinhados ao ex-presidente Maduro por ficarem no caminho da ajuda humanitária criticamente necessária e prolongarem o sofrimento do povo venezuelano", acrescentou.

São eles os governadores Omar José Prieto, do estado de Zulia, denunciado pelo Tesouro de ser um centro do crime organizado, tráfico de drogas e assassinato por encomenda; Ramón Alonso Carrizález Rengifo, de Apure, acusado de endossar ameaças aos manifestantes da oposição; Jorge Luis García Carneiro, de Vargas; e Rafael Alejandro Lacava Evangelista, de Carabobo.

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