quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Encontro de cúpula Trump-Kim fracassa

O presidente Donald Trump e o ditador Kim Jong Un não chegaram a um acordo no segundo encontro de cúpula entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, realizado ontem e hoje em Hanói, no Vietnã, para desnuclearizar a Península Coreana, informou a Casa Branca.

Enquanto os EUA exigem a desnuclearização total, verificável e irreversível da Coreia do Norte, o regime stalinista de Pyongyang quer o fim das sanções econômicas internacionais. Os líderes dos dois países se encontraram pela primeira vez em Cingapura em 12 de junho de 2018 e assinaram uma carta de intenções.

Na época, o presidente americano chegou a afirmar que "a ameaça nuclear norte-coreana está afastada". Como não houve avanço desde então, Trump marcou um novo encontro com Kim. A reunião terminou duas horas antes do previsto.

Em entrevista coletiva, Trump declarou que o encontro foi produtivo, mas admitiu que não houve um avanço significativo para assinar um acordo. A reunião termina sem comunicado final. O secretário de Estado, Mike Pompeo, declarou esperar que seja possível assinar um acordo nas próximas semanas.

"Basicamente, eles queriam a suspensão de todas as sanções e nós não quisemos", afirmou Trump, acrescentando que a relação com Kim continua excelente. O presidente americano não comentou o que o ditador norte-coreano entende por desnuclearização. "Conhecemos o país muito bem e ele só aceitou a desnuclearização parcial."

De acordo com Trump, a Coreia do Norte se comprometeu a não realizar novos testes nucleares e de mísseis. "Consideramos inapropriado assinar um acordo hoje." Ele disse que o fim da conversa foi amigável: "Apertamos as mãos. A relação continua muito boa. São sistemas muito diferentes, mas nos damos muito bem."

Trump negou que tenha faltado preparação: "Às vezes, é preciso sair."

Nenhum analista sério acredita que a Coreia do Norte esteja disposta a abandonar totalmente suas armas nucleares. O regime stalinista de Pyongyang estava disposto a desmantelar a central nuclear de Yongbion, mas o secretário Pompeo comentou que isto ainda deixaria um grande arsenal nuclear e de mísseis.

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