O Exército do Chade capturou cerca de 250 milicianos da União das Forças da Resistência (UFR), uma aliança de oito movimentos rebeldes criada em 2009, depois que a Força Aérea da França bombardeou um comboio dos guerrilheiros no Nordeste do Chade na semana passada.
Foi um golpe duro. Deve reduzir significativamente a capacidade de ataque da UFR e seu potencial para desestabilizar a região do Sahel. A França decidiu participar da operação depois de relutar em se envolver em guerras civis na África, priorizando o combate ao terrorismo.
A Força Aérea da França bombardeou a UFR em três dias da semana passada, a pedido do governo do Chade, que não conseguiu conter os rebeldes com sua aviação militar. O comboio da UFR saiu do Sul da Líbia e cruzou a fronteira do Chade com 40 veículos. Sofreu os primeiros ataques aéreos da França em 3 de fevereiro.
Desde a intervenção francesa no Mali, em 2013, para conter uma ofensiva de movimentos jihadistas no Norte do país, as tropas francesas estacionadas na África se concentram no combate aos extremistas muçulmanos. Mas esta ação recoloca a antiga potência colonial no papel de força aérea e um governo africano aliado ameaçado por rebeldes.
Tanto a França quanto o ditador Idriss Déby, no poder desde 1990 no Chade, querem matar a rebelião na raiz.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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