quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Irã busca apoio da China contra sanções dos EUA

Sob pressão das sanções e de um cerco diplomático do governo Donald Trump, a República Islâmica do Irã busca o apoio da China. O ministro do Exterior iraniano, Javad Zarif, se encontrou ontem em Beijim com o colega chinês, Wang Yi, que agradeceu os esforços para aumentar a "confiança estratégica" entre os dois países.

É uma missão de alto nível. Também fazem parte da delegação do Irã o presidente do Majlis (Parlamento), Ari Larijani, os ministros das Finanças e do Petróleo, e o presidente do Banco Central.

Para Teerã, é muito importante manter as relações comerciais com a China, a maior importadora de petróleo iraniano no ano passado.

O regime comunista chinês tradicionalmente é contra sanções que não sejam impostas através de um consenso internacional. Antes do acordo negociado em 2015 para congelar o programa nuclear militar do Irã, apoiava as sanções adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Mas Trump abandonou o acordo com maio de 2018.

Assim, as empresas chinesas temem as possíveis retaliações dos EUA, como restrições de acesso ao mercado americano e a proibição de operar em dólares. O governo americano está processando a companhia chinesa de equipamentos de telecomunicações Huawei sob a acusação de violar as sanções ao Irã.

Em novembro do ano passado, os EUA isentaram das sanções importações de petróleo iraniano pela China até o limite de 360 mil barris por dia, cerca da metade do que os chineses compravam antes do governo Trump reimpor as sanções.

A viagem deve servir para os dois países negociarem meios de permitir à China pagar as importações de produtos iranianos, mas há um sério risco de retaliações dos EUA.

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