Com um caminhão-tanque e dois contêineres atravessados, as Forças Armadas da Venezuela fecharam uma ponte na fronteira entre a cidade venezuelana de Urena e a cidade colombiana de Cúcuta, noticiou a Agência France Presse (AFP).
É sinal de que a ditadura de Nicolás Maduro não vai permitir a entrada da ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos e aliados, através da Colômbia.
O regime chavista reforçar a segurança na fronteira. Isto pode provocar conflitos entre os militares e civis interessados em receber a ajuda internacional, prevista para chegar ainda nesta semana. Se os soldados forem indiferentes ou deixarem passar o comboio com ajuda, será uma uma forte erosão do poder de Maduro.
A cada dia mais isolado internacionalmente, à medida que mais países reconhecem o presidente interino Juan Guaidó, Maduro depende do apoio decisivo da Força Armada Nacional Bolivariana, da Guarda Nacional Bolivariana e das milícias leais ao regime, conhecidas como coletivos. Mas o fiel da balança é o Exército.
Um confronto entre soldados e populares em torno da ajuda humanitária diminuiria o poder de Maduro dentro das Forças Armadas. Sem uma cisão na base militar, o regime chavista não cai.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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