Em uma mudança de posição depois que vários deputados abandonaram o partido, o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, anunciou hoje o apoio à realização de uma segunda consulta popular sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, marcada para 29 de março, "para evitar uma Brexit conservadora", noticiou o jornal Financial Times.
Por 52% a 48%, em 23 de junho de 2016, um plebiscito aprovou a Brexit (saída britânica), mas o eleitorado não sabia quais seriam os termos do divórcio. Como a Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico rejeitou o acordo negociado pela atual primeira-ministra, Theresa May, com os outros 27 países da UE, há uma crise potencialmente devastadora para a economia do país.
Vários membros do governo paralelo da oposição temem uma reação negativa do eleitorado do Partido Trabalhista que votou pela saída, especialmente em regiões desindustrializadas do Norte da Inglaterra.
É difícil que a proposta de um segundo plebiscito seja aprovada na Câmara dos Comuns, onde o governo May tem uma pequena maioria. O argumento a favor é que os eleitores não sabiam em que estavam votando e foram enganados por uma campanha de mentiras e notícias falsas dos eurocéticos.
A primeira ministra marcou para 12 de março uma nova votação no Parlamento. Se o acordo negociado com a UE for rejeitado mais uma vez, como tudo indica, as alternativas seriam uma "saída dura", sem qualquer acordo, ou um adiamento.
May alega que um adiamento não mudaria nada substancialmente, só daria mais tempo, mas a UE não está disposta a renegociar o que foi acertado.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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