sábado, 16 de fevereiro de 2019

Índia retira Paquistão da lista de parceiros comerciais

O ministro das Finanças da Índia, Arun Jaitley, confirmou que o governo indiano vai notificar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para retirar o Paquistão da lista de nações mais favorecidas no comércio exterior, por razões de segurança nacional, noticiou ontem o jornal The Economic Times.

A decisão foi tomada um dia depois do um atentado terrorista com carro-bomba que matou 46 policiais e deixou outros 38 feridos em Pulwana, na região indiana da Caxemira, disputada pelo Paquistão desde a independência dos dois países do Império Britânico, em 1947. Foi o pior ataque a forças da Índia em 30 anos de insurgência muçulmana na região.

O terrorista suicida era um extremista muçulmano da Caxemira, mas o grupo responsável, Jaish-e-Mohamed (Exército de Maomé), tem sede no Paquistão. Daí a resposta da Índia, atacada meses antes das eleições gerais de abril e maio. Na Índia, a maior democracia do mundo, as eleições são realizadas em cinco dias diferentes.

Esta resposta indiana não terá grande impacto econômico. Os dois países, inimigos históricos, não têm um grande comércio bilateral. Mas a Índia está pressionando o Paquistão a punir do Exército de Maomé e seu líder, Massoud Azhar.

O jornal Economic Times aponta como mandante o novo chefe do poderoso serviço secreto militar do Paquistão (ISI), que usa grupos terroristas muçulmanos numa guerra indireta, general Assim Munir, ex-comandante e diretor de inteligência do Comando Norte das Forças Armadas paquistanesas.

O governo indiano pediu ao comitê de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas que Azhar seja incluído na lista de terroristas internacionais.

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