O presidente Donald Trump se nega a enviar ao Senado o relatório dos serviços secretos dos Estados Unidos sobre o envolvimento do príncipe-herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed ben Salman, sobre o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2 de outubro, no consulado saudita em Istambul, na Turquia.
A Casa Branca está sob pressão do Congresso para tomar medidas mais duras contra a monarquia absolutista saudita depois que investigações da Agência Central de Inteligência (CIA) e das Nações Unidos implicaram o príncipe no homicídio cruel e premeditado.
Khashoggi estava em autoexílio nos EUA, onde colaborava com o jornal The Washington Post. Foi morto e esquartejado por agentes sauditas quando buscava um documento no consulado para se casar.
Em votação recente, faltaram apenas quatro votos para o Senado derrubar um possível veto do presidente a legislação para punir o regime saudita. Se o país for alvo de sanções dos EUA, será um forte abalo na confiança de empresas e investidores estrangeiros para participar no projeto Arábia Saudita 2030, uma iniciativa de MbS para modernizar a economia do país e prepará-lo para a era pós-petróleo.
A Arábia Saudita foi o primeiro país visitado por Trump como presidente dos EUA. É um aliado importante de sua política para isolar o Irã no Oriente Médio. O príncipe aproximou o reino de Israel, outro inimigo do Irã, e prometeu combater o terrorismo dos jihadistas sunitas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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