sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Ex-vice-presidente Elías Jaua critica ditador Maduro na Venezuela

Em mais um sinal de divisão interna no regime chavista, o ex-vice-presidente e ex-ministro do Exterior Elías Jaua criticou o ditador Nicolás Maduro e o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) pelo tratamento dos funcionários públicos e outras questões internas, noticiou o boletim de notícias Aporrea, defensor do chavismo.

Com o colapso da produção de petróleo e o agravamento da pior crise de uma economia moderna, vai haver menos dinheiro para garantir a lealdade de funcionários públicos e do PSUV à ditadura de Maduro.

As críticas de Jaua são um sinal evidente da fratura do regime, depois da prisão nos últimos meses de vários militares ligados ao caudilho Hugo Chávez quando ele chegou ao poder na eleição de 1998. Jaua era ministro da Educação e caiu em setembro.

Ao inaugurar a Feira Internacional de Livro da Venezuela, em Caracas, Maduro responsabilizou o boicote econômico parcial dos Estados Unidos pela falta de medicamentos e alimentos: "Não podemos comprar remédios, saibam os embaixadores, não podemos comprar medicamentos e alimentos complementares para a dieta dos venezuelanos em dólares porque está proibido."

Desde 2015, há uma grande escassez de remédios e alimentos na Venezuela. O governo Donald Trump impôs em agosto de 2017 uma série de medidas para proibir transações em dólares do governo venezuelano e da companhia estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PdVSA).

Em março deste ano, os EUA proibiram qualquer transação com criptomoedas venezuelanas. Para tentar contornar a crise financeiro, o desgoverno Maduro lançou em 9 de janeiro de 2016 uma moeda digital, o petro.

A partir de 1º de novembro, o governo Trump bloqueou os bens e ativos de qualquer pessoa que opere no setor de ouro ou qualquer outro setor "cúmplice da corrupção governamental".

Como o regime chavista cooptou as Forças Armadas, prendeu militares rebeldes e fuzilou um policial rebelde que sequestrou um helicóptero e atirou contra a sede do Ministério do Interior, deixando claro que vai matar dissidentes, o fim do regime terá de vir de dentro do próprio sistema.

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