Três extremistas muçulmanos foram mortos hoje quando tentavam atacar o Consulado da China em Caráchi, a maior e mais rica cidade do Paquistão. Os três terroristas, dois policias e dois civis morreram no tiroteio, noticiou o jornal paquistanês Dawn.
O proscrito Exército de Libertação do Baluquistão assumiu a responsabilidade pela ação, mas as autoridades paquistanesas não confirmaram a autoria. A China condenou o atentado e manifestou pesar e condolências pelas mortes.
Eram entre 9h30 e 10h pela hora local (2h30 e 3h em Brasília) quando houve explosões e em seguida um tiroteio. Os terroristas metralharam a guarita da segurança do consulado, explodiram uma granada e tentaram invadir o setor de vistos do consulado, deflagrando a imediata reação policial.
Todos os funcionários chineses foram levados para o prédio principal do complexo. O tiroteio durou cerca de uma hora. Em seguida, um esquadrão anti-bombas fez uma varredura na área. Às 12h15 pela horal local (5h15 em Brasília), as forças de segurança concluíram a operação
Os separatistas baluques lutam para criar um país independente no Sudoeste do Paquistão e são contra o projeto chinês Iniciativa um Cinturão uma Estrada, que tem sido acusado de aumentar o endividamento de países, criando uma dependência da China.
Este ataque foi mais um de uma série contra chineses no Paquistão. O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, determinou a abertura de inquérito. "Qualquer tentativa de minar as relações entre a China e o Paquistão está destinada ao fracasso", declarou o ministro conselheiro da embaixada chinesa, Lijian Zhao.
Mais tarde, outro atentado, com carro-bomba, matou 32 pessoas e deixou outras 31 feridas no distrito de Orakzai, na província de Khyber Pakhtunkwai. Orakzai é uma tribo da etnia pashtun nativa da região. As forças de segurança fazem uma varredura na área em busca de explosivos e suspeitos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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