A sonda InSight, de US$ 828 milhões, pousou ontem na superfície de Marte para explorar o Planeta Vermelho, observar os abalos sísmicos e os meteoros. É a oitava nave espacial da NASA (Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço) a descer com sucesso no planeta mais próxima da Terra. Mais da metade das tentativas de agências espaciais fracassou.
Depois de uma jornada de 480 milhões de quilômetros, o controlador de voo do Laboratório de Propulsão a Jato da agência espacial dos Estados Unidos em Pasadena, na Califórnia, festejou: "Pouso confirmado. A InSight está na superfície de marte."
"Fabuloso!", bradou duas vezes o engenheiro-chefe Rob Manning. "Que alívio!" Como na reentrada de naves espaciais na atmosfera da Terra, se a InSight entrasse no ângulo errado seria desviada para o espaço ou poderia pegar fogo pelo atrito com a atmosfera marciana.
Para pousar com sucesso na Planície Elísia, a espaçonave de 386 quilos precisava se desacelerar de uma velocidade de de 20 mil quilômetros por hora para 8 km/h. A InSight é operada por um piloto automático porque comandos enviados da Terra levariam muito tempo para chegar a Marte.
Como não tem um mecanismo para ser mover na superfície do planeta, a nave ficará para sempre no lugar onde pousou. O sistema de absorção de choque foi o mesmo desenvolvido para a sonda Phoenix, que desceu em Marte em 2008. A InSight incorporou um computador de bordo e equipamentos eletrônicos usados na missão Maven, que orbita ao redor de Marte desde 2013
"Estamos construindo em cima de sucessos anteriores para reduzir os riscos", declarou o gerente do projeto da empresa Lockheed Martin, que projetou a desenvolveu a aeronave. Agora, a InSight precisa abrir seus painéis solares para gerar energia de 300 watts, o suficiente para movimentar uma batedeira. A uma distância tão grande do do sol e numa atmosfera poeirenta como a do Planeta Vermelho, será mais um desafio.
Nos próximos três meses, os cientistas pretendem estudar o terreno onde a nave pousou. Vão fotografar a área e tentar recriar no terreno no Laboratório de Propulsão a Jato para ensaiar a melhor maneira de instalar os equipamentos eletrônicos no solo. Esta parte de missão deve levar dois meses.
Só então as experiências científicas planejadas começarão a ser executadas. O sensor de abalos sísmicos é um projeto conjunto do Centro Nacional para Estudos Espaciais da França o Instituto Federal de Tecnologia da Suíça e o Imperial College, de Londres, no Reino Unido.
Um dos objetivos é da missão tentar entender melhor a formação dos planetas do Sistema Solar, inclusive da Terra, há quatro bilhões de anos.
Marte é o segundo menor planeta do Sistema Solar. Sua superfície é avermelhada por causa da presença de óxido de ferro. A atmosfera é rarefeita. Tem o maior vulcão e a segunda maior montanha conhecida do Sistema Solar, e duas luas: Fobos e Demos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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