O presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, ministro John Roberts, reagiu às críticas do presidente Barack Obama a juízes federais que tomam decisões contrárias a ele. Trump chamou de "juiz de Obama" o juiz que derrubou uma decisão do presidente de proibir que os imigrantes da caravana que chegou à fronteira peçam asilo nos EUA.
"Não temos juízes do Obama ou juízes do Trump, juízes do Bush ou juízes de Clinton", protestou o presidente da Suprema Corte. "Temos um grupo extraordinário de juízes dedicados fazendo o melhor para dar direitos iguais a todos que aparecem diante deles. O Judiciário independente é algo a que devemos ser gratos."
Trump não demorou a responder: "Desculpa, ministro-presidente John Roberts, mas temos, sim, 'juízes do Obama' e eles têm um ponto de vista muito diferentes das pessoas encarregadas da segurança do nosso país", escreveu o presidente no primeiro de uma série de tuítes.
"Seria ótimo se o Tribunal Federal de Recursos da 9ª Reunião fosse de fato um Judiciário independente, mas se fosse por que teríamos tantas visões de oposição nos casos lá e por que temos um grande número de decisões derrubadas. Por favor, estude os números, eles são chocantes", afirmou Trump. O TFR de São Francisco, na Califórnia, é um dos mais liberais do país.
A posição do presidente da Suprema Corte foi apoiada pelo presidente da associação equivalente à Ordem dos Advogados dos EUA, Bob Carlson: "Discordar de uma decisão judicial é um direito de todos, mas quando funcionários do governo questionam a motivação do tribunal, zombam de uma decisão ou ameaçam retaliar por causa de uma decisão desfavorável, querem minar a posição da corte ou impedir os tribunais de desempenhar seus deveres constitucionais."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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