A China e a Índia, as duas grandes economias que mais crescem no mundo, chegaram a um acordo de cooperação econômica com foco em três frentes: urbanização, alta tecnologia e reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), noticiou ontem o jornal indiano The Economic Times.
Apesar da rivalidade histórica e geopolítica, a China e a Índia cooperam em setores como alta tecnologia e finanças internacionais para criar uma nova ordem mundial que supere o domínio do Ocidente. Como têm hoje a maioria das cidades mais poluídas do mundo, a urbanização é outro interesse comum.
Ambas pretendem reformar a OMC, ameaçada pelas guerras comerciais do presidente Donald Trump e sua preferência por negociações bilaterais em que possa usar a força dos Estados Unidos, em detrimento do sistema multilateral de comércio. Defendem uma ordem global baseada no multilateralismo.
Sob Trump, os EUA querem acabar com o mecanismo de solução de conflitos comerciais da OMC bloqueando indicações para o painel de apelações. Se novas nomeações não forem aprovadas até 10 de dezembro de 2019, o órgão para de funcionar por falta de quórum.
A União Europeia, o Canadá e o Japão também examinam possibilidades de reforma para atender às exigências de Washington.
Trump entende que a OMC não oferece os instrumentos necessários para enfrentar o desafio chinês. Desde que a China entrou para a OMC, em 2001, aumentou muito sua fatia do comércio internacional de produtos manufaturados, tornando-a a maior potência industrial do planeta.
Em 2016, a produção industrial da China, segunda maior economia do mundo foi de US$ 4,566 trilhões. A Índia, sexta maior economia do mundo, é a quinta maior potência industrial. depois dos EUA, do Japão e da Alemanha, com US$ 672 bilhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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