quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Nova Zelândia veta empresa da China na concorrência da tecnologia 5G

Em nome da segurança nacional, o Escritório de Segurança nas Comunicações da Nova Zelândia proibiu a maior companhia de telecomunicações do país, Spark, de comprar equipamentos da empresa chinesa Huawei para implantar no país a tecnologia de telefonia celular de quinta geração (5G).

A Nova Zelândia segue uma tendência dos países da Europa e da América do Norte, liderados pelos Estados Unidos, para impedir que empresas ligadas ao regime comunista da China possam dominar um setor vital para o desenvolvimento da telecomunicação móvel e da Internet das coisas - e usar seu poder de mercado para espionagem política e industrial.

Os EUA e a Austrália tomaram a mesma decisão e a Alemanha está prestes a fazer o mesmo, num duro golpe aos planos do ditador Xi Jinping de adquirir autossuficiência em tecnologias de ponta no projeto Fabricado na China 2025. Washington pressiona o Japão e a Itália a seguirem o mesmo caminho.

Para os EUA, a corrida tecnológica é essencial para manter a supremacia militar, uma grande preocupação do governo Donald Trump. As reformas e a abertura econômica da China completam 40 anos em 13 de dezembro. Nesta dia, em 1978, o dirigente chinês Deng Xiaoping lançou seu programa de modernização, dando início ao mais rápido e impressionante ciclo de desenvolvimento econômico da história.

Desde então, 800 milhões de chineses saíram da miséria. Hoje, apenas 1% vive na pobreza absoluta. O produto interno bruto chinês pulou de US$ 200 bilhões para US$ 12 trilhões. A China é hoje a segunda maior economia do mundo em PIB nominal. Pelo critério de paridade do poder de compra, já superou os EUA.

Quando as reformas começaram, receberam o apoio do Ocidente. A expectavia era de que a liberalização da economia levasse a uma abertura. Houve avanços na liberdade acadêmica desde a massacre da revolta dos estudantes na Praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989, ficou evidente que o Partido Comunista não tinha a intenção de renunciar a seu poder absoluto.

Desde a ascensão do ditador Xi Jinping, em 2012, há um claro retrocesso político, com endurecimento do regime e a volta de uma ditadura de um homem só. Com o poder do capitalismo dominado pelo Estado, a China tornou-se uma superpotência formidável, inquietando os EUA, a Europa e o Japão.

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