terça-feira, 27 de novembro de 2018

Chefe da campanha de Trump violou acordo de delação premiada

A equipe do procurador especial Robert Mueller revelou ontem que o diretor da campanha presidencial de Donald Trump, Paul Manafort, mentiu repetidamente no inquérito sobre a interferência da Rússia nas eleições de 2016, violando seu acordo de delação premiada. Em consequência, ele deve ser sentenciado imediatamente, informou o jornal The Washington Post.

"Depois de assinar um acordo de delação premiada, Manafort cometeu crimes federais por mentir ao Federal Bureau of Investigation (FBI) e ao escritório do procurador especial numa variedade de matérias, o que constitui uma violado acordo", declarou a equipe de Mueller. Os procuradores pediram à juíza Any Berman Jackson que marque logo a data para proferir a sentença.

Manafort foi condenado por oito acusações de fraude fiscal e bancária em outro processo. Fez o acordo de cooperação com Mueller em setembro para evitar um segundo processo na Justiça Federal dos Estados Unidos. Agora, pode pegar uma pena de dez anos ou mais.

Como parte do acordo, confessou a culpa em duas acusações relacionadas a suas atividades como lobista no exterior e obstrução de justiça, e concordou em cooperar integralmente com a investigação sobre a interferência da Rússia. Há dois meses e meio, está em contato com a equipe do procurador especial.

Diretor da campanha de Trump durante seis meses, Manafort é considerado uma testemunha essencial para determinar se houve conluio com o Kremlin para derrotar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Casa Branca em 2016.

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