Michael Cohen, ex-advogado particular do presidente Donald Trump admitiu ontem ter mentido quando depôs sob juramento no Congresso a respeito de um projeto para construir uma Trump Tower em Moscou, em 2016, enquanto fazia campanha para chegar à Casa Branca.
Diante da pergunta do juiz federal de primeira instância Andrew Carter, Cohen confessou: "Culpado, excelência!" Como parte da confisão, admitiu ter mentido para beneficiar o "indivíduo", identificado como o atual presidente dos Estados Unidos.
Em um depoimento de nove páginas, a equipe do procurador especial Robert Mueller, que investiga um possível conluio da campanha com a Rússia, expuseram uma série de mentiras no depoimento de Cohen.
"Estava consciente das repetidas negativas do indivíduo 1 de lações políticos e comerciais entre ele a e Rússia suas repetidas declarações que as investigações desses laços tinham motivação política e não encontraram provas e que qualquer contato de indivíduos da campanha ou as Organizações Trump tinham sido totalmente encerradas antes da convenção de Iowa, em 1º de fevereiro de 2016", declarou o advogado.
Mesmo sabendo de tudo isso, Cohen reconheceu ter dados respostas falas às comissão de inteligência da Câmara e do Senado, em 2017: "Fiz essas declarações falsas para ser coerente com a mensagem política do indivíduo 1", acrescentou o advogado num tribunal de Manhattan.
Foi sua segunda confissão de culpa em quatro meses, complicando ainda mais o presidente no inquérito do procurador especial. Trump negou tudo mais uma vez, alegando que Cohen é "uma pessoa fraca e pouco inteligente", que teria mentido para fechar um acordo de delação premiada e se livrar de uma condenação.
Em outro caso, a equipe de Mueller acusou o ex-diretor da campanha de Trump Paul Manafort de mentir sob juramento. Isso deve provocar a ruptura do acordo de colaboração com a Justiça. Desde a campanha, Trump insistiu que nunca teve negócios na Rússia nem com a Rússia.
O jornal inglês The Guardian revelou que Manafort esteve pelo menos três o anarquista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que está refugiado desde 2012 na embaixada do Equador no Reino Unido. O WikiLeakes divulgou centenas de mensagem da campanha democrata iner
Sem saída jurídica, o presidente tenta desqualificar a investigação, que descreve como uma "caça às bruxas" e uma "perseguição política" de "democratas raivosos". Em entrevista ao jornal popular nova-iorqino The Daily Post, o presidente aventou a possibilidade de dar indulto a Manafort.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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