sexta-feira, 6 de abril de 2012

China defende censura na Internet

Depois do expurgo do alto dirigente comunista Bo Xilai, uma onda de boatos de golpe de Estado se espalhou pela Internet na China, levando o regime ditatorial a censurar microblogues no estilo do Twitter, que é proibido no país. Hoje, o Diário da China defende a censura.

Bo, líder do partido na cidade e na província de Xunquim e membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista, caiu em desgraça por usar métodos autoritários e perseguir empresários no combate à corrupção e por resgatar práticas da era de Mao Tsé-tung, inclusive músicas e hinos da Revolução Cultural (1966-76), o período mais conturbado da era pós-revolução.

Um dos principezinhos do regime comunista, por ser filho de um dirigente histórico do partido, Bo pretendia chegar ao Comitê Permanente do Politburo e se tornar um dos nove imperadores, o pequeno núcleo que governa a China.

Seu expurgo foi o primeiro de um alto dirigente desde a queda do secretário-geral do partido Zhao Ziyang em 1989 por ser contra o uso da força para acabar com o movimento dos estudantes na Praça da Paz Celestial.

Como Bo simplesmente desapareceu, os boatos pululam na Internet chinesa e a ditadura tenta sufocá-los. Afinal, a rede mundial de computadores se tornam uma das maiores armas na luta contra o autoritarismo. Seis pessoas foram presas e versões chinesas do Twitter tiradas do ar durante três dias.

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