Pela primeira vez desde que resistiu ao golpe do coronel Antonio Tejero Molina, em 1981, e assumiu o papel de defensor da democracia, o rei Juan Carlos II tem sua autoridade de chefe de Estado questionada na Espanha.
Em meio à pior crise econômica enfrentada pelos espanhóis depois da democratização do país, a partir de 1975, com a morte do generalíssimo Francisco Franco, Juan Carlos foi à África caçar elefantes a um custo de 30 mil euros.
O povo espanhol, que sofre com um desemprego de 23%, que chega a 50% entre os jovens, só ficou sabendo porque Sua Majestade levou um tombo e fraturou uma costela. Pegou mal.
Além da crise, a caça é considerada hoje um esporte anacrônico e antiecológico, um passatempo fútil de reis e aristocratas que não têm muito respeito pela natureza. Juan Carlos preside hoje o Fundo Mundial pela Natureza (WWF), onde matar elefantes não é tido exatamente como um esporte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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