A Síria promete suspender nesta quinta-feira as ações militares contra os rebeldes que lutam há um ano pela democratização do regime, anunciou hoje a televisão estatal. O ex-secretário-geral e enviado especial das Nações Unidas, Kofi Annan, confirmou que o Exército vai parar os ataques à meia-noite pelo horário de Brasília.
"Depois que nossas Forças Armadas completaram com sucesso as operações de combate a atos criminosos de grupos armados terroristas e restabeleceram o poder do Estado sobre seu território, foi decidido suspender essas operações a partir de quinta-feira", declarou a TV do ditador Bachar Assad.
Mas o Exército da Síria Livre não espera uma trégua: "Não acredito que nossas forças parem de atirar porque o outro lado não vai parar", disse o porta-voz Ayham al-Kurdi em entrevista à BBC na fronteira sírio-turca. "Se o outro lado parar, o povo sírio vai marchar até o palácio no mesmo dia. Por isso, o regime não vai parar".
O enviado especial Kofi Annan foi hoje ao Irã, que tem na Síria seu principal aliado no mundo árabe, para pedir apoio ao plano de paz, alegando que o agravamento do conflito seria "desastroso", reporta o jornal The New York Times.
Em artigo publicado no mesmo jornal, dois professores americanos de origem árabe defendem negociações diretas com Assad com a inclusão da Rússia e do Irã, seus maiores aliados, para evitar uma escalada na violência.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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