Sob intensa pressão de seus maiores parceiros comerciais - União Europeia, Estados Unidos e Japão - para deixar sua moeda flutuar livremente, a China anunciou hoje a ampliação do limite da margem de flutuação diária do iuã em relação ao dólar de 0,5% para 1%.
Há décadas, a China adota políticas de desvalorização competitiva. Mantém a moeda fraca para melhorar o preço de suas exportações no mercado internacional. Essa foi uma das bases do desenvolvimento chinês das últimas três décadas, o mais extraordinário da história da humanidade, e uma das causas da crise da Ásia, em 1997, que acabou contaminando todos os mercados emergentes, a Rússia e a América Latina, especialmente Brasil e Argentina, mas poupou a China.
Como o anúncio do Banco Popular da China foi feito em inglês, os analistas entendem que o principal alvo foi o mercado internacional, informou a TV pública britânica BBC.
O Tesouro dos EUA elogiou a medida, dizendo que "uma flutuação que permita que o câmbio reflita as forças do mercado pode contribuir para o reequilíbrio da economia mundial, o que seria positivo para a China, os EUA e a economia mundial".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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