O candidato socialista François Hollande amplia sua vantagem sobre o presidente conservador Nicolas Sarkozy na última pesquisa antes do primeiro turno da eleição presidencial na França, a ser realizado neste domingo, 22 de abril de 2012. Pela sondagem do instituto Ipsos, Hollande terá 29% dos votos e Sarkozy, 25,5%.
Com o desgaste dos grandes partidos por causa da crise econômica, os candidatos extremistas devem receber 30% dos votos. À direita, Marine Le Pen, da Frente Nacional, deve ter 16%, enquanto Jean-Luc Mélenchon, da Frente de Esquerda, ficaria com 14%, e o centrista François Bayrou com 10%.
Nos últimos comícios, realizados ontem, os candidatos tentaram convencer os 11 milhões de indecisos. Como a expectativa é que Hollande e Sarkozy cheguem ao segundo turno sem surpresas, eles terão de disputar no segundo turno os votos dos extremistas, dos centristas e dos indecisos.
Até agora, todas as pesquisas dão vantagem a Hollande no segundo turno, marcado para 6 de maio. Ele recebeu nesta semana o apoio do ex-presidente Jacques Chirac e de outros políticos de centro-direita que estão abandonando a candidatura Sarkozy. Isso sugere um acordo para que um governo socialista não tome medidas radicais capazes de prejudicar a frágil engenharia montada para enfrentar a crise das dívidas públicas da Zona do Euro.
Sarkozy vai apelar, alegando que será ele ou o caos. Hollande já não fala em cobrar 75% de imposto de renda de quem ganha um milhão de euros ou mais por ano. Insiste em renegociar o pacto fiscal aprovado para sustentar o euro. Quer mecanismos para estimular o crescimento, mas o Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu o mesmo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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