A redação do jornal semanal de humor francês Charlie Hebdo, que lançou hoje um número especial sobre as eleições na Tunísia, foi destruída por um incêndio criminoso. A suspeita recai sobre extremistas muçulmanos.
O jornal foi rebatizado Charia Hebdo, numa referência à charia, a lei islâmica, que deve ser a base da nova constituição tunisiana depois da vitória de um partido islamita, e apresentado como se tivesse sido editado pelo profeta Maomé, caricaturado na capa, mostra a revista francesa Le Nouvel Observateur.
Como o Islã proíbe a reprodução de figura humana para evitar a idolatria, divulgar imagens de Maomé é considerado uma blasfêmia. Em 30 de setembro de 2005, o jornal de maior circulação na Dinamarca, Jyllands-Posten (Correio da Jutlândia) publicou 12 caricaturas satirizando o profeta, inclusive uma onde ele estava com um turbante-bomba.
Houve uma reação de muçulmanos indignados no mundo inteiro. Vários jornais que reproduziram as charges foram atacados.
O Charlie Hebdo será produzido temporariamente na redação do jornal Libération. Seu sítio na Internet foi alvo de um ataque cibernético reivindicado por um grupo radical turco.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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