A ditadura militar de Mianmar, a antiga Birmânia, quer uma ajuda externa de US$ 11 bilhões para reconstruir o país e ajudar os 2,5 milhões de flagelados pelo ciclone Nargis, que arrasou parte do país há 20 dias. Mas o secretário-geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) avisou que uma ajuda substancial vai depender de planos claros, monitoramento e transparência no uso do dinheiro e dos recursos oferecidos pela sociedade internacional.
Ontem, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, chegou a Mianmar e sobrevoou a área mais atingida pela catástrofe, o Delta do Rio Irrauade, onde viu corpos jogados pelo chão, casas, ruas e estradas destruídas.
Profundamente chocado, Ban declarou que está na hora do governo de Mianmar e a ONU elaborarem um amplo programa de ajuda para as vítimas da tragédia, que teria matado cerca de 134 mil pessoas. Pela avaliação da ONU, só 25% dos 2,5 milhões de flagelados receberam ajuda até agora.
Hoje, o secretário-geral da ONU se encontra com o chefe da Junta Militar, general Than Shwe.
A Junta Militar quer US$ 11 bilhões, mas é acusada por organizações não-governamentais de roubar os biscoitos energéticos enviados pelo Programa Mundial de Alimentos para usar em operações militares.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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