Especialistas em ajuda de emergência contra catástrofes naturais - ainda proibidos de entrar em Mianmar, a antiga Birmânia, nove dias depois do ciclone Nargis, que arrasou o país matando cerca de 100 mil pessoas -, advertem que podem ser necessárias semanas para atingir muitas vítimas por causa da infra-estrutura precária do país.
Cerca de 1,5 milhão de flagelados, dos quais 200 mil estariam se concentrando em acampamentos ao longo da costa do Oceano Índico, correm sério risco de pegar malária, cólera e outras doenças capazes de matar. Para a organização não-governamental britânica Oxfam (Oxford Famine Relief), o maior problema é a contaminação da água por cadáveres em estado de putrefação.
"Uma catástrofe natural está se transformando numa tragédia ainda maior por causa da negligência maligna do regime militar", alertou o secretário do Exterior britânico, David Miliband.
No aeroporto de Yangum, a ajuda continua a ser descarregada manualmente dos aviões que chegam com suprimentos para as vítimas do ciclone.
A possibilidade de revolta popular também aumenta, embora os rumores divulgados até agora não tenham sido confirmados. Mas o desespero dos flagelados cresce. Muitos estariam vagando em busca de água e comida.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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