A senadora Hillary Clinton passou a sexta-feira dando explicações sobre uma referência ao assassinato do senador Robert Fitzgerald Kennedy (RFK), há 40 anos, para justificar sua permanência na disputa pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos na eleição de 4 de novembro.
Hillary declarou que seu marido, o ex-presidente Bill Clinton, só garantiu sua primeira candidatura em junho de 1992, quando venceu a eleição primária da Califórnia, e acrescentou que Bob Kennedy foi morto em junho.
RFK foi assassinado em 5 de junho de 1968, pouco depois do anúncio de sua vitória na primária da Califórnia, que praticamente assegurava a candidatura. Seria uma barbada na corrida para a Casa Branca. O segundo homem da dinastia dos Kennedy não chegou a ser coroado.
O problema é que Hillary não falou que em junho de 68 o candidato democrata não estava escolhido, como alegaram mais tarde partidários de sua campanha, e já houve várias insinuações de que o senador Barack Obama poderia ser assassinado por ser jovem, negro, na verdade, mulato, carismático e liberal.
Quando um candidato começa a se destacar na longa campanha para presidente dos EUA, o serviço secreto passa a protegê-lo. Nesta campanha, sabe-se que a maior preocupação é com a segurança de Obama desde que ele assumiu a liderança da disputa pela candidatura democrata.
Então, o que Hillary quis dizer exatamente? A declaração sugere um sentido duplo e dúbio. Pegou mal.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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