Com sua usina geradora de eletricidade fechada e sem combustível porque Israel não entrega nada há quatro dias, a Faixa de Gaza, onde vivem 1,5 milhão de palestinos, enfrentou vários apagões neste domingo, enquanto o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, responsabilizava o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) pelos ataques com foguetes disparados de Gaza e ameaçava impor a "calma" à força.
"O Hamas é a força dominante em Gaza. É responsável por todos os ataques e por todas as conseqüências de suas atividades", advertiu Olmert. "Não vamos aceitar esta realidade. Ela tem de mudar. Ou há calma ou Israel vai usar tamanha força que vai impor a calma."
Três bombardeios aéreos israelenses mataram pelo menos cinco militantes do Hamas no sábado, depois que cerca de 20 foguetes palestinos atingiram o território israelense.
"Estamos numa crise muito séria", lamentou o porta-voz da companhia de energia elétrica, Jamal al-Dardasawi. "Com a usina fechada, estamos recebendo apenas 120 megawatts de Israel. Precisamos de cerca de 250MW. Há um déficit de mais de 50%".
A usina fornece cerca de 30% das necessidades do território, a maior parte vem de Israel e o Egito fornece o resto.
Na tarde de domingo, as padarias da Cidade de Gaza fecharam por falta de eletricidade para esquentar seus fornos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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