domingo, 11 de maio de 2008

Sudão rompe relações com o Chade

Depois de um ataque de rebeldes contra a capital, Cartum, o governo do Sudão rompeu relações diplomáticas com o vizinho Chade, acusando-o de apoiar o Movimento por Justiça e Igualdade (JEM, do inglês).

Centenas de rebeldes atacaram no sábado, 10 de maio de 2008, o bairro de Omdurman, na capital sudanesa. The government said Sudanese security forces successfully routed them.

"Essas forças vem do Chade. São treinadas e financiadas pelo governo chadiano", denunciou o presidente sudanês, Omar Bachir, advertindo que seu país "se reserva o direito de responder ao ataque".

Omar Bachir destacou que historicamente sudaneses e chadianos se consideram membros de uma mesma nação, dividida pelo colonialismo, "mas agora somos forçados a romper com esse regime fora-da-lei".

O governo do Chade rejeita as acusações. Em março, os dois países assinaram um pacto de não-agressão, depois de uma ofensiva de rebeldes chadianos saídos do Sudão contra Ndjamena, o capital do Chade, em 1º de fevereiro.

De 1955 a 1972, o Sudão viveu sob uma guerra civil entre o governo muçulmano e rebeldes cristãos e animistas. Essa guerra recomeçou em 1983 e foi até 2005, quando foi assinado um acordo de paz entre o regime fundamentalista de Cartum e o Exército Popular de Libertação do Sudão (EPLS).

No final das negociações, os rebeldes da Província de Darfur se rebelaram contra o acordo, abrindo nova frente de combate no Oeste do Sudão. Desde então, o governo de Cartum perpetrou um genocídio na província rebelde, onde as Nações Unidas estimam que pelo menos 300 mil pessoas foram mortas e 2,5 milhões desalojadas.

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