Depois de uma vitória boa mas irrelevante na eleição primária da Virgínia Ocidental, a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton reafirmou sua intenção de continuar disputando a candidatura do Partido Democrata à Casa Branca, enquanto seu rival, o senador Barack Obama, volta sua artilharia contra o candidato republicano, senador John McCain.
Com os resultados de 92% das seções eleitorais, Hillary tinha 67% contra 26% para Barack Obama.
A Virgínia Ocidental manda apenas 24 delegados para a Convenção Nacional do Partido Democrata que vai oficializar a candidatura à Presidência. Hillary está derrotada mas conseguiu ferir Obama, especialmente ao levantar a questão racial.
Na verdade, o maior abalo à candidatura do jovem senador por Illinois veio da revelação das gravações dos discursos raivosos do turbulento reverendo Jeremiah Wright, que foi pastor da igreja freqüentada por Obama durante 20 anos, que casou o senador e batizou seus filhos.
Suas pregações acusando os Estados Unidos de terrorismo, o governo americano de disseminar a aids para diminuir a população negra e responsabilizando o país pelos atentados de 11 de setembro de 2001 deram vasta munição aos conservadores. A Fox TV, do magnata da mídia Rupert Murdoch, o Cidadão Kane do século 21, discutiu exaustivamente os discursos e a inevitável relação de Obama com o pastor.
Hillary colocou a questão racial na campanha claramente ao declarar que Obama é fraco entre o operariado e a classe média baixa brancos com pouca instrução, um eleitorado conservador do Partido Democrata que no passado apoiou, por exemplo, Ronald Reagan. Entre os latino-americanos e os velhos, Hillary também leva vantagem.
Mas as últimas pesquisas para a eleição presidencial de 4 de novembro indicam a vitória de qualquer dos candidatos democratas sobre McCain.
As pesquisas de boca-de-urna na Virgínia Ocidental indicam que 35% dos eleitores de Hillary preferem
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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