O governo colombiano confirmou neste sábado a morte do fundador e comandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Pedro Antonio Marín usava o nome de guerra de Manuel Marulanda e era conhecido como Tirocerteiro. Era a ele que o presidente Álvaro Uribe se referia ao negar legitimidade para "uma pessoa que está há 40 anos escondido no meio do mato dando tiros".
Em entrevista à revista colombiana "Semana" deste sábado, o ministro Juan Manuel Santos declarou que Marulanda morrera no dia 26 de março. "Houve três bombardeios fortes nestas datas em locais em que se pensava estar Tirofijo. A guerrilha diz que ele morreu de parada cardíaca", disse Santos à Semana.
O ministro da Defesa colombiano disse ainda que Marulanda "anda no inferno, para onde vão os criminosos quando morrem". Ele deve ser substituído por Guillermo Sáenz, mais conhecido como Alfonso Cano.
Se a morte de Marulanda for confirmada, será mais um duro golpe nas FARC, que perderam o subcomandante Raúl Reyes num ataque colombiano no Equador em 1º de março. Dias depois, outro membro do secretariado, o mais jovem, Iván Rios, foi morto um guarda-costas. Os computadores encontrados no acampamento de Reyes revelaram ligações da guerrilha com políticos colombianos, equatorianos e venezuelanos. E Nelly Ávila Moreno, a comandante Karina, se rendeu às autoridades colombianas em troca da anistia, depois de ser cercada pelo Exército e supostamente de estar passando fome.
As FARC estão em processo de desintegração.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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