A Liga Nacional pela Democracia, principal partido de oposição em Mianmar (ex-Birmânia), rejeitou hoje as exigências da ditadura militar para que sua líder, Aung Sang Suu Kyi, se encontre com o ditador, general Than Shwe. Quer conversar sem precondições.
Os militares querem que Suu Kyi, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz 1991, teria de parar de pedir sanções internacionais contra o regime e de "abandonar a postura confrontacionista". Para a oposição, isso equivaleria a assumir a responsabilidade por crimes que ela não cometeu, inclusive os da Junta Militar, ao reprimir com violências manifestações lideradas por monges budistas a partir de 19 de agosto.
Acredita-se que centenas de pessoas foram mortas e que centenas de monges estariam presos. O repórter Fergal Keane, da BBC, famoso por cobrir o genocídio em Ruanda, entrou como turista em Mianmar e mostrou ontem imagens de espiões do regime nos principais templos budistas de Yangum, a maior cidade e antiga capital do país.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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