Em segredo, sem informar o Congresso, contrariando o discurso oficial de que "os Estados Unidos não sancionam a tortura" e a nova lei federal contra a tortura, o governo George Walker Bush aprovou técnicas violentas e brutais de interrogatório, provam documentos revelados ontem pelo jornal The New York Times.
Pouco depois da chegada do assessor legal Alberto Gonzales a ministro da Justiça e e procurador-geral, em fevereiro de 2005, o governo dos EUA assinou o primeiro documento autorizando "interrogatórios brutais". Gonzales caiu em agosto passado por outras razões.
Mas ainda ontem a porta-voz da Casa Branca negava que o governo americano empregue a tortura no interrogatório de suspeitos em sua guerra contra o terrorismo, como ficou evidente nas fotos de Abu Ghraib e nos relatos de Guantânamo.
A oposição democrata ficou indignada e vai exigir explicações do governo Bush, já acuado pelo fracasso da guerra no Iraque.
Pela primeira vez, o Departamento de Justiça dos EUA autorizava explicitamente o "efeito conjunto" de táticas físicas e psicológicas que incluem esbofetear, afogamento e submeter o prisioneiro a temperaturas muito baixas. Isso é tortura.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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