sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Rainha da Escócia foi decapitada há 426 anos

Em 8 de fevereiro de 1587, Maria Stuart, a Rainha da Escócia, foi decapitada no castelo de Fotheringhay, no condado de Northampton, na Inglaterra, por ordem da rainha protestante Elizabeth I, que temia que os católicos tomassem o poder.

Maria Stuart era a única filha do rei Jaime V e de sua mulher francesa, Maria de Guise. Seis dias depois de seu nascimento, em 1542, seu pai morreu e ela se tornou Rainha da Escócia.

Na Inglaterra, com a morte de Henrique VIII, em 1547, seu filho Eduardo VI ascendeu ao trono aos nove anos. Doente, morreu aos 15, abrindo uma luta pela sucessão entre suas duas irmãs, a católica Maria Tudor, filha do primeiro dos seis casamentos do rei, e a protestante Elizabeth Tudor, filha do segundo casamento.

Henrique VIII tinha rompido com a Igreja Católica em 1534 para se divorciar de Catarina de Aragão, filha do rei Fernando II, da Espanha, e se casar com Ana Bolena, mãe de Elizabeth. Assim, elas iniciaram uma era de guerras religiosas que se arrasta até hoje na Irlanda do Norte.

Em 1553, com a morte de Eduardo VI, Maria Tudor assumiu o trono da Inglaterra, depois de uma breve tentativa de usurpação por Lady Jane Grey. Maria I entrou para a história como Maria Sangrenta (Bloody Mary) por sua tenaz perseguição aos protestantes na tentativa de restaurar o catolicismo.

Com a morte de Maria I, em 1558, Elizabeth I se torna uma das rainhas mais poderosas da História da Inglaterra. Durante o período elizabetano, época de florescimento da literatura de William Shakespeare, o país se torna uma grande potência, entra na era das grandes navegações e começa a construir o Império Britânico.

Sobrinha-neta de Henrique VIII e filha de Jaime V da Escócia, Maria Stuart era uma ameaça ao poder de Elizabeth I. Era a primeira na linha de sucessão ao trono. Como os católicos consideravam o divórcio e o segundo casamento de Henrique VIII ilegítimos, Elizabeth I seria uma filha bastarda e não teria direito ao trono.

Henrique II, da França, reivindicou então a coroa para Maria Stuart, sua nora. Em 1559, com a morte de Henrique II, Maria vira Rainha da França, mas seu marido, o rei Francisco II, morre em 1560, deixando-a viúva aos 18 anos.

Ao voltar à Escócia, Maria Stuart não estava preparada para os desafios da luta pelo poder. Elizabeth I nunca a aceitou como sucessora. Acusada de assassinato, abdicou do trono da Escócia em favor de seu filho Jaime VI em 1567, foi presa, condenada e executada na Inglaterra.

Por ironia da História, Maria Stuart está enterrada na Abadia de Westminster num túmulo do mesmo esplendor que o de sua arqui-inimiga Elizabeth I. Seu filho se tornou Jaime I, da Inglaterra, e resolveu honrar a memória da mãe.

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