Um bombardeio de Israel a Damasco, a capital da Síria, matou no sábado cinco membros da Guarda Revolucionária do Irã, inclusive o chefe e o subchefe de inteligência para ações no exterior. Israel não negou nem confirmou, como costuma fazer nestes casos.
O presidente iraniano, Ebrahim Raïsi, prometeu vingança e ela veio logo. Um ataque de mísseis contra uma base aérea em Faluja, no Iraque, feriu levemente dois soldados norte-americanos e um iraquiano.
Além da Síria, onde apoia a ditadura de Bachar Assad, comandantes Guarda Revolucionária Iraniana, braço armado da ditadura dos aiatolás, estão no Iêmen apoiando e supervisionando os ataques a navios da milícia huti no Mar Vermelho, capazes de abalar a economia mundial.
Um ataque de drones israelenses matou dois oficiais da milícia extremista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus). Mais de 200 pessoas morreram no Sul do Líbano desde o início da guerra. Pelo menos 160 eram combatentes do Hesbolá, que por sua vez matou 15 pessoas no Norte de Israel.
Durante a noite, Israel voltou a bombardear as cidades de Rafá e Khan Yunes, no Sul da Faixa de Gaza, e os campos de refugiados de Jabália, no Norte, e El Bureij, no Centro do território palestino, Com 165 mortes em 24 horas, o total de palestinos mortos em Gaza na guerra chegou a 24.927.
Em uma reunião de cúpula do Movimento dos Países Não Alinhados, em Kampala, em Uganda, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, declarou que "o direito do povo palestino de construir seu próprio Estado deve ser reconhecido por todos." Mas o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desmentiu o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reafirmar a determinação de impedir a criação de uma Palestina independente.
Milhares de pessoas protestaram desde quinta-feira em Telavive e Haifa pedindo o fim da guerra, a libertação de todos os reféns e a realização de novas eleições para substituir Netanyahu.
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